Profissão das mais imprevisíveis, embora tenha diversas vertentes que não apenas cobrir conflitos armados, o repórter fotográfico celebra seu dia em 2 de setembro. Convenciona-se que a especialidade surgiu em 1880, quando o jornal impresso Daily Herald, de Nova Iorque, publicou pela primeira vez na história da imprensa uma imagem junto a uma notícia.
A imprevisibilidade da profissão fica por conta da função inerente ao fotojornalista. É ele o responsável por captar imagens dos eventos in loco, no momento em que estão acontecendo. Um repórter fotográfico pode atuar em todas as editorias jornalísticas, mas a que mais faz a profissão se notabilizar é a cobertura de guerra.
Convidado para opinar pelo Clube das Curiosidades, o fotógrafo de eventos Rogério von Krüger observa “as principais referências em fotojornalismo consagraram-se registrando os principais conflitos ao longo do século XX, como James Nachtwey, Horst Faas, Don McCullin, e o maior de todos, Robert Capa”.
Brasileiro André Liohn é único sulamericano a ganhar a Robert Capa Gold Medal
Desde 1955, a organização internacional Overseas Press Club premia as melhores fotos jornalísticas com a Robert Capa Gold Medal. O nome da premiação é uma homenagem àquele que é considerado o maior de todos os repórteres fotográficos, o húngaro Robert Capa, cujo nome verdadeiro era Endre Ernő Friedmann. Capa percorreu o mundo e registrou os principais conflitos do século passado, entre os quais o conflito entre China e Japão, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial.
Em 2012, pela primeira e única vez, um sulamericano foi agraciado com a maior honraria para um repórter fotográfico de fora dos Estados Unidos. André Liohn, paulista de Botucatu, registrou em imagens impressionantes todo o horror dos 4 meses de batalha na cidade de Misratah e Sirte, na Líbia, em que desenrolaram-se embates sangrentos entre as forças do ditador deposto Muamar Kadafi e rebeldes anti governo.