O procedimento de cirurgia intrauterina é realizado quando o bebê é identificado com algum problema de saúde ainda no útero da mãe.
Esse tipo de procedimento, para a medicina, é ainda recente, mas tem avançado muito a cada ano. Só no Brasil, cerca de 1% das gestações, apresentam alguma doença grave, que pode ser corrigida com a cirurgia intrauterina.
Segundo o Dr. Eduardo Gutierrez, da empresa de material cirúrgico no Rio de Janeiro, Axiste, que vai nos fazer entender melhor,, sobre esse tipo de cirurgia. O procedimento de cirurgia fetal é realizado no Brasil desde 2003, e é a grande esperança de cura para doenças graves e de
tratamento complicado.
Como é realizada a cirurgia intrauterina
Com a realização de cirurgia intrauterina, aumenta-se em até 90% as chances de a criança nascer sem sequelas e ter um desenvolvimento neurológico normal. Existem dois tipos de procedimentos cirúrgicos realizados com o bebê ainda na barriga da mãe: por endoscopia, sem cortes; e a céu aberto, quando há necessidade de cortes.
O procedimento mais adequado e o uso do material cirúrgico vai depender do caso. O método com corte é mais antigo, e é capaz de corrigir duas malformações congênitas: a adenomatóide cística e a mielomeningocele. Já no procedimento sem cortes, realizado no Brasil desde 2009, são feitas cerca de 10 cirurgias por ano. Essa cirurgia serve para corrigir uma abertura na coluna do bebê, que causa hidrocefalia.
Segundo o Dr. Gutierrez, a hidrocefalia tem sua causa provocada, na grande maioria das vezes, pela falta de ácido fólico no início da gestação ou por infecções virais do embrião.
Características da cirurgia intrauterina
- A gestação tem que ter no máximo 26 semanas
- O bebê deve pesar menos de 2,5 quilos
- O procedimento não pode passar de 20 minutos
- O resultado é obtido no ultrassom pós-cirúrgico
As técnicas de cirurgia sem cortes, ainda requer alguns aprimoramentos, mas as cirurgias que foram realizadas até hoje, todas foram bem sucedidas. O Brasil é um dos pioneiros nesse tipo de cirurgia, quando o primeiro procedimento foi realizado no país, foi um fato inédito na América Latina.
O risco da cirurgia intrauterina
O Brasil foi o segundo país a realizar esse tipo de cirurgia no mundo, e conseguiu elevar o nível de sucesso dos procedimentos. E embora exista o risco para a mãe ou o bebê, os benefícios compensam os riscos. Para a mãe, há o risco de precisar interromper a gravidez ou perder o útero, mas são casos raros.Em relação ao bebê, é necessário um acompanhamento médico, por alguns anos após o seu nascimento.