O conceito que justifica a presença de áreas verdes em centros urbanos não é recente. Desde a antiga Grécia, entende-se as ruas e locais públicos como centros de convivência e bem estar, frequentado por pessoas que buscam interação e lazer.
As árvores, como se sabe, desempenham importante papel na manutenção do ar respirável, já que convertem gás carbônico em oxigênio graças à fotossíntese que realizam. Assim, com a expansão dos centros urbanos e a consequente substituição da mata virgem por edifícios e construções em alvenaria, que retêm calor, torna-se necessário pensar formas de compensar a desarborização.
Entre os objetivos mais comuns em manter árvores em meio às vias urbanas está em promover a arborização de segmentos viários. Não menos importante, com a presença dos vegetais de grande e médio porte, há o benefício da dispersão do calor e radiação solar, bem como da neutralização de gases tóxicos, principalmente os emitidos pelos veículos.
As áreas verdes urbanas podem ser divididas em:
- Áreas verdes em vias públicas – canteiros, gramados e vegetação herbácea
- Particulares – jardins e canteiros residenciais
- Residuais – terrenos em que predomina vegetação instável
- Institucionais – controladas pela iniciativa pública ou privada, vão de jardins decorativos a campos para lazer e desporto
- Públicas – são áreas protegidas, onde há vegetação nativa ou de médio porte
Poda e destoca de vegetação em áreas urbanas
Embora a manutenção da vegetação seja fundamental para promover o bem estar e a qualidade de vida nos centros urbanos, existe a possibilidade dela representar um obstáculo, quando entra em conflito com a rede elétrica aérea – substituída pelo cabeamento subterrâneo em diversos países – ou quando o crescimento descontrolado das raízes de árvores passa a destruir o calçamento.
Val Guimarães, da Mex Brasil, empresa de terceirização de serviços, e que realiza também controle de áreas verdes esclarece “antes de qualquer intervenção num vegetal em área urbana, um profissional qualificado, preferencialmente alguém com formação em agronomia, faz vistoria do local, para averiguar a situação e o que pode ser feito. Dependendo do caso, pode ser realizada desde a simples poda até a retirada completa do exemplar, incluindo destoca, que é a retirada do toco que fica após o corte”.
Para evitar que as raízes destruam o calçamento, medidas como a abertura de uma gola – área aberta em volta da base da árvore – servem para evitar o sufocamento das raízes. Quando em conflito com a fiação elétrica, entretanto, é preciso, antes de fazer a poda, que profissionais das concessionária de energia elétrica desliguem a transmissão no local.
Outra situação em que pode ser necessária intervenção no vegetal é quando ele está infestado por algum tipo de praga. Dependendo do estágio de infestação, pode ser preciso a remoção completa do exemplar.