Problemas com as mamas tendem a ser considerados estritamente frequentes no universo feminino, mas engana-se quem pensa que a insatisfação nesse quesito é exclusividade das mulheres. A Ginecomastia pode ser a maior dor de cabeça dos adolescentes e homens, tratando-se do crescimento anormal das mamas masculinas, devido ao excesso de estrogênio, (conhecido popularmente como hormônio feminino) no organismo.
Geralmente, o problema começa a se desenvolver a partir dos 14 anos e pode acometer tanto as duas quanto uma mama apenas. O problema está diretamente relacionado ao aumento tardio dos níveis de testosterona. Quando desenvolvido na vida adulta, isso pode significar que o hormônio masculino está em queda.
Segundo o Dr. Gabriel Duarte Basílio, cirurgião que atua na Inova, clínica de cirurgia plástica em Botafogo, no Rio de Janeiro, “Muitas pessoas costumam confundir o aumento do tecido mamário com gordura, mas a verdade é que o problema é estritamente hormonal”.
Condições propícias à diminuição do testosterona
- Doença hepática crônica.
- Problemas renais, como insuficiência.
- Doenças no fígado.
- Exposição ao estrogênio ou hormônios prejudiciais, como esteroides e anabolizantes.
- Hipertireoidismo.
- Tumores, benignos ou malignos.
- Tratamento para câncer (quimioterapia, radioterapia ou procedimento hormonal) de qualquer tipo.
- Medicamentos com efeitos colaterais que afetam a produção hormonal.
- Câncer de mama (mesmo que sejam raros em homens).
- Falta ou baixo índice de testosterona que não apresentam causa externa aparente.
Procedimento cirúrgico
O tratamento pode ser hormonal, mas nem sempre ele surte o efeito desejado, ao contrário do procedimento cirúrgico, que é rápido e eficaz. A cirurgia consiste na retirada completa da glândula mamária. Uma incisão circundando a auréola é feita e, através disso, o tecido mamário é subtraído. “A recuperação é bem satisfatória, durando apenas três dias e o paciente já pode ter alta no dia seguinte à operação. E o melhor de tudo é que as cicatrizes são cada vez menos aparentes”, esclarece o Dr. Gabriel.