E aí pessoal, tudo bem?
Foi anunciado há pouco tempo, que descobriram uma estrela gêmea do nosso Sol.
Sistema solar, só pelo nome, já podemos estimar a importância do Sol para a vida, porém um dia nosso Sol irá morrer. Mas como saber o que irá acontecer com ele? Quanto tempo ele ainda tem de vida? Essas perguntas não teriam resposta se os cientistas não tivessem descoberto a HIP 102152. Esse foi o nome dado à essa estrela, considerada gêmea do Sol, na verdade, essa foi a segunda estrela encontrada pelos cientistas que pode ser considerada gêmea ao nosso Sol, a única diferença é que a outra é mais nova e essa, mais velha.
Ou seja, por ser mais velha, os cientistas tem agora como prever os próximos acontecimentos do nosso Sol. Seguindo essa linha de raciocínio, podemos prever que o nosso Sol ainda sobreviverá por pelo menos mais 4 bilhões de anos. A HIP 102152, está localizada na constelação de Capricórnio, a cerca de 250 anos-luz da Terra. A equipe que a descobriu era uma equipe brasileira, liderada por um cientista da UFRN, os estudos se concentraram no Very Large Telescope (VLT), que está localizado no deserto do Atacama, no Chile.
Vocês podem ver a seguir uma comparação entre a idade do Sol, da 18 Sco e da HIP 102152
A relação com o lítio
Há décadas, um questionamento envolvia os cientistas, o de haver uma relação entre o lítio e a idade de uma estrela, pois o Sol tem uma quantidade baixíssima de lítio (cerca de 1%) e após os estudos com a HIP 102152, essa tese foi confirmada pois viram que a nova estrela possui possui níveis muito baixos desse elemento.
Novos planetas?
Os estudos com a nova estrela identificaram que assim como o Sol, essa estrela tem uma deficiência em seus elementos refratários, os quais fazem suportar altas temperaturas, foi constatado também que o sistema é rico de meteoritos e de planetas rochosos, tais como a Terra. Acreditam que pelo fato de a HIP apresentar características semelhantes ao Sol, possa existir planetas semelhantes aos de nosso Sistema Solar, porém ainda não encontraram nenhum planeta que atenda a essas situações até o momento. Também não encontraram nenhum planeta gigante, como Júpiter, na zona dessa estrela, e segundo o pesquisador do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo e um dos realizadores do estudo, Jorge Meléndez, o fato de não haverem detectado nenhum planeta gigante faz com que tenha uma chance maior de haver um planeta habitável, como a terra.
Vídeo sobre a estrela
A ESO (European Southern Observatory) divulgou um vídeo que dá um zoom nova estrela. Você poderá assisti-lo abaixo: