A história da medicina é cheia de exemplos de inovações que fizeram os tratamentos médicos evoluírem, como a descoberta da penicilina e o Método de Ilizarov. Mas até se chegar ao nível atual, muitos equipamentos para lá de estranhos foram utilizados.
No Egito Antigo, curiosamente, eram utilizados aparatos muito similares aos de hoje, como bisturis e agulhas para dar pontos, inclusive com registros nos famosos hieróglifos.
Mas se na Terra de Tutancamon a medicina era evoluída para sua época, em outros lugares foram empregadas técnicas bastante duvidosas e rudimentares. Algumas delas são:
Corretor nasal
Desenvolvido na França no início do século XX, o estranho suporte tinha como função corrigir lesões e deformidades no nariz. Era encaixado por cima do nariz, com fixação feita por tiras presas à cabeça.
Máscaras para disfarçar lesões no rosto
Se hoje os brasileiros são campeões em cirurgias plásticas com fins estéticos, há cerca de 100 anos quem tivesse alguma deformidade no rosto precisava recorrer a máscaras para disfarce.
Corretor nasal Zello-Punkt
Outro aparelho para correção nasal bastante exótico, criado na Alemanha no final do século XIX, desenvolvido pela empresa Zello-Punkt. Sua inserção era similar ao do aparelho francês, e foi utilizado até 1950.
Conjunto para transfusão de sangue
Acredite, esse conjunto com aspecto do início do século passado era o que se usava em 1978 para realizar transfusões de sangue.
Aparelho para ouvido
A partir da primeira metade do século XX, uma extensa variedade de aparelhos em forma de corneta foi desenvolvida para ajudar os deficientes auditivos. Este aqui tinha uma característica toda especial; era feito de ossos de animais.
Equipamentos médicos do Egito Antigo
Nessa série de hieróglifos estão representados alguns dos equipamentos utilizados em cirurgias no Egito Antigo. A gravura data do período Ptolomaico e foi encontrada no Templo de Kom Ombo.
Perguntado sobre os estranhos equipamentos, o médico Eduardo Gutierrez, da Axiste, empresa de materiais cirúrgicos, enfatiza que “é bom não perder de vista que a medicina está sempre evoluindo como ciência, e se hoje temos aparelhos modernos, que possibilitam cirurgias não invasivas, foi graças à persistência dos médicos passados. Se eles não tivessem dado os primeiros passos, certamente estaríamos bastante atrasados.”